terça-feira, 21 de junho de 2011

Potiche - 2010

Título Original: Potiche
Gênero: Comédia
Direção: François Ozon
Roteiro: François Ozon, Jean-Pierre Grédy, Pierre Barillet
Produtores: Eric Altmeyer, Genevieve Lemal, Nicolas Altmeyer
Elenco: Catherine Deneuve , Gérard Depardieu, Fabrice Luchini, Karin Viard, Judith Godrèche, Jérémie Renier, Évelyne Dandry, Sergi López , Bruno Lochet , Elodie Frégé
País de Origem: França
Duração: 103 minutos

Catherine Deneuve e Judith Godréche em cena de Potiche

O Festival Varilux de Cinema Francês traz a 22 cidades brasileiras uma programação imperdível de filmes contemporâneos do cinema de língua francesa. Para conferir a programação, basta entrar no site do festival (http://www.festivalcinefrances.com/). Dentre as produções que serão exibidas, está a comédia Potiche - Esposa troféu, do badalado diretor François Ozon. Depois da parceria no divertido 8 mulheres, ele reencontra a eterna diva Catherine Deneuve, em um filme que é feito para a atriz brilhar. 

"Potiche", que literalmente denomina um tipo de vaso decorado chinês ou japonês, é uma expressão popular usada para caracterizar homens ou mulheres-bibelôs, pessoas que podem até ter alguma posição honorífica, mas que não têm nenhum poder efetivo, sendo usadas, muitas vezes, apenas como um tipo de adorno. É o caso da protagonista do novo filme de Ozon. Suzanne Pujol (Catherine Deneuve) é casada com o diretor de uma fábrica de guarda-chuvas, que é a maior empregadora de uma pequena cidade francesa. A potiche se vê obrigada a assumir o controle da fábrica, quando seu marido se envolve em um sério conflito com o sindicato de trabalhadores local. Ela logo toma gosto pelo poder, causando uma série de conflitos na família. 

Como afirmei no primeiro parágrafo, o filme é feito para Catherine Deneuve e não é de se espantar, por exemplo, que a fábrica comandada pela personagem no filme seja de guarda-chuvas, já que um dos trabalhos mais famosos da atriz é no cultuado musical francês Os guarda-chuvas do amor (1964); uma homenagem sutil e divertida. O filme também promove o reencontro da estrela com outro grande astro francês, Gérard Depardieu com quem ela trabalhou em O último metrô (1980), de Truffaut. Deneuve, com sua elegância e beleza habituais, canta, dança e exibe um carisma encantador em Potiche.

A comédia farsesca de Ozon é ambientada no final dos anos 70. A produção de arte e o figurino inspiradíssimos brincam com o estilo e  a moda deste período. Elementos do filme, como o cabelo à la Farrah Fawcett da filha da protagonista e a dança na discoteca que muito lembra Os embalos de sábado a noite, são referências divertidas à década retratada. Ozon opta também por usar uma palheta de cores variada, criando um filme bem colorido e alegre. 

A trama, que aborda a questão dos direitos das mulheres e da submissão destas diante do poder masculino, não se leva, no entanto, muito a sério. Mesmo que tenha um leve toque subversivo e crítico, a abordagem é, sobretudo, cômica. Em um momento de consagração da protagonista, por exemplo, ela não hesita em agir como uma Evita de cabaré. É exatamente por conseguir surpreender o espectador, indo em direção ao melodrama e fazendo reviravoltas ousadas, que o filme  mostra-se tão divertido. Um momento-chave, nesse sentido, é quando a protagonista revela seu passado sexual.

Contando também com um elenco afiadíssimo, Potiche - Esposa troféu é um filme leve, divertido e que lhe deixará com um sorriso no rosto por muito tempo após sessão. 

Trailer do filme:

Um comentário:

  1. Minha missão para o próx. fim de semana é assistir Potiche.

    Gosto do trabalho de Ozon e também não posso deixar de assistir o novo filme da diva Catherine Deneuve.

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