terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O Espião Que Sabia Demais - 2011

Título original: Tinker Tailor Soldier Spy
Lançamento: 2011 
País: Reino Unido/França/Alemanha
Direção: Tomas Alfredson
Atores: Gary Oldman, Mark Strong, John Hurt, Colin Firth, Toby Jones, Benedict Cumberbatch e Tom Hardy.
Duração: 127 min
Gênero: Suspense

Peter Guillan (Benedict Cumberbatch) e George Smiley (Gary Oldman) em cena do filme

David John Moore Cornwell, mais conhecido pelo pseudônimo John le Carré, é um dos maiores escritores britânicos da segunda metade do século XX. Famoso por seus romances de espionagem, o escritor pode se dar ao luxo de afirmar que é um dos autores vivos mais adaptados para o cinema. Oito dos seus 22 romances foram transpostos para as telonas, entre eles, o recente O Jardineiro Fiel (2005), dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles. 

O romance Tinker, Tailor, Soldier, Spy foi publicado em 1974 e é o terceiro de seis títulos protagonizados por um personagem que se tornou icônico na obra de Carré: o taciturno George Smiley. Smiley é um agente do serviço de inteligência britânica, mais especificamente da divisão M16, que se opõe à KGB da União Soviética no contexto da Guerra Fria. O diretor sueco Tomas Alfredson comandou a adaptação de Tinker, Tailor, Soldier, Spy, em 2001, que ganhou no Brasil o título "hitchcoquiano" O Espião que Sabia Demais. O filme foi indicado a três Oscar's (Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora). 

Roteirizado por Peter Straughan e Bridget O’Connor, o filme começa com o afastamento de Control (John Hurt) e seu braço direito Smiley (Gary Oldman) do M16, após uma desastrosa operação em Budapeste. Smiley, no entanto, é chamado por um chefe do governo para realizar uma investigação secreta sobre a possível existência de um agente-duplo no alto escalão do M16, agora comandado por Percy Alleline (Toby Jones), Bill Haydon (Colin Firth), Roy Bland (Ciarán Hinds) e Toby Esterhase (David Dencik). O Espião que Sabia Demais é o primeiro filme inglês de Tomas Alfredson, cineasta sueco de 46 anos. O longa-metragem anterior do diretor é o fantástico Deixe Ela Entrar (2008). 

Ambientado em um período dominado por conspirações, traições, paranoias e medo, o filme de Alfredson destaca-se pela sua constante tensão e frieza. A bela fotografia de Hoyte Van Hoytema é dominada pelo cinza. A direção de arte e o figurino recriam com perfeição e com extremo rigor o início dos anos 70, sendo  ainda fundamentais na composição de um universo sem vida, sem cores, onde todos se vestem com a mesma austeridade e onde todos parecem estar sendo vigiados. Desde a primeira cena, uma atmosfera de apreensão e perigo é instaurada e cabe ao misterioso George Smiley montar um importante quebra-cabeças e desvendar uma complexa charada. 

Smiley é sem-dúvida um personagem intrigante, um Poirot da Guerra Fria. Ele raramente manifesta suas emoções, mas não é difícil perceber que, sob sua frieza e impassividade, esconde-se um indivíduo solitário, perspicaz e fascinante. Inteligentemente, Alfredson esconde do espectador o rosto da mulher do protagonista (uma das poucas personagens que aparece vestida de vermelho) fazendo dela um símbolo da felicidade jamais plenamente alcançada pelo agente. Não apenas Smiley, mas todos os personagens da trama carregam uma aura de mistério e cada um deles parece ter sua cota de segredos. 

Um dos pontos altos da trama é o seu ótimo elenco composto por grandes atores. A começar, temos o inglês Gary Oldman, que faz um trabalho muito interessante e meticuloso. Diz a lenda que o ator experimentou mais de 200 óculos até encontrar o par perfeito para Smiley. Sua atuação é contida, precisa e o cuidado na composição do personagem se revela nos mínimos detalhes: na forma de falar, de se movimentar, no olhar e nas pequenas reações. No entanto, pela falta de "grandes momentos", a performance de Oldman pode não encher os olhos de muita gente e não faltará quem diga que sua indicação ao Oscar é um exagero. Brilham também, no filme, os veteranos John Hurt (em uma participação pequena e marcante), Toby Jones (excelente) e Colin Firth e os mais jovens Benedict Cumberbatch e Tom Hardy. 

Por fim, uma das maiores qualidades de O Espião que Sabia Demais pode ser vista também como seu único e determinante defeito. A frieza da narrativa cria uma distância entre o espectador e os acontecimentos retratados pela trama, dificultando um maior envolvimento com a história e com os personagens. O filme revela ser uma experiência muito mais racional que emocional e, apesar do excelente trabalho de direção de Alfredson, fica a sensação de que faltou algum tempero na receita. 

Mesmo não superando seu trabalho anterior, Alfredson prova em O Espião que Sabia Demais que é um grande diretor e que tem um belo futuro no cinema. E digo mais: existe na história de Smiley o potencial para se transformar em uma ótima série cinematográfica à la James Bond. Uma continuação seria, portanto, muito bem-vinda!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Os Descendentes - 2011

Título original: The Descendants
Lançamento: 2012 
País: Estados Unidos
Direção: Alexander Payne
Atores: George Clooney, Shailene Woodley, Amara Miller, Nick Krause.
Duração: 115 min
Gênero: Comédia Dramática

Matt King (George Clooney)Alexandra (Shailene Woodley) e Scottie (Amara Miller) 

Alexander Payne parece ser um daqueles diretores de quem sempre podemos esperar algo muito bom. O cineasta americano de 50 anos tem apenas seis longas-metragens no currículo em 27 anos de carreira. Sem dúvida, Payne dá muito mais valor à qualidade do que à quantidade. Seus maiores sucessos são os excelentes Eleição (1999), As Confissões de Shmidt (2002), Sideways - Entre Umas e Outras (2004) e o seu mais novo projeto Os descendentes (2011). Grande parte da filmografia do diretor se caracteriza pela sua habilidade em contar histórias simples sobre pessoas comuns que se vêem obrigadas pelas circunstâncias a encarar um acontecimento que mudará as suas vidas. Uma das grandes qualidades do diretor é que ele sabe dosar como poucos a comédia e o drama, o trágico e o cômico. E por mais que seus filmes sejam, por vezes, extremamente tristes, eles são também reconfortantes e otimistas. Payne que, além de dirigir, se incumbe dos roteiros de seus filmes, é um cineasta que veicula uma visão bastante afetiva do ser humano e a sensibilidade com a qual ele constrói cada personagem é uma prova disso. 

Os descendentes conta a história de Matt King (George Clooney), bem-sucedido advogado residente no Hawaii que deve lidar com o fato de que sua mulher não acordará mais de um coma provocado por um grave acidente de barco e com a iminência de uma eutanásia. O acidente faz com que Matt se aproxime de suas filhas, Alexandra (Shailene Woodley) de dezessete anos e Scottie (Amara Miller) de dez. Não bastasse o sofrimento advindo da inevitável morte de sua mulher, o protagonista descobre que ela estava mantendo um caso extraconjugal e que planejava se divorciar. Paralelamente a esses problemas pessoais, Matt deve decidir o destino das terras que pertenciam a sua família e que se encontram numa paradisíaca ilha do Hawaii.  Não é a primeira vez que o cinema retrata uma família cujo pai é ausente, completamente absorto pelo trabalho. Em Os descendentes, o espectador pode apenas imaginar como era a dinâmica da família King antes do acidente. Pelos depoimentos dos outros personagens, podemos constatar que Matt não foi o melhor dos maridos ou o melhor dos pais e, após a tragédia, ele deve lidar com a dilacerante culpa. 

O título do filme é cheio de significados. Ele faz referência àqueles que permanecem após a morte da mãe e à família de King, que faz parte de uma linhagem nobre do Hawaii. O título pode ser entendido também como "aqueles que descem", uma vez que Matt e sua família chegam ao fundo do poço e devem, a partir de lá, se reerguerem juntos. O belíssimo roteiro de Payne, baseado no romance de Kaui Hart Hemmings, acompanha com sensibilidade a jornada de Matt, o processo de aceitação da perda e de reconstrução familiar. Payne confere a cada acontecimento o seu tempo, construindo uma narrativa que dá muito mais importância aos  personagens e às suas emoções do que aos eventos da trama propriamente ditos. 

Além do excelente roteiro, o filme conta com atuações inspiradas. George Clooney oferece a melhor performance de sua carreira: contida, sincera e sem maneirismos. Ele deixa de lado sua persona de galã e constrói um personagem frágil e humano. A naturalidade e simplicidade de sua interpretação caem como uma luva ao papel. Destacando-se como uma das grandes revelações do ano, a ótima e jovem Shailene Woodley forma uma dupla perfeita com Clooney e o filme muito se beneficia da excelente química entre os atores. O filme ainda conta com participações inspiradas de Robert Foster, Judy Greer e da garotinha Amara Miller. 

A bela trilha sonora, recheada de canções havaianas, a fotografia e a montagem do filme contribuem para o tom melancólico do longa-metragem. Os descendentes foi indicado a cinco Oscar's (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Montagem). Alexander Payne prova mais uma vez que é um mestre em contar histórias simples e emocionantes, fazendo com que nos identifiquemos com seus personagens falhos, humanos e apaixonantes. 




quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Indicações ao Oscar 2012

Ontem, dia 24, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou a lista de indicados ao Oscar 2012. 

A Invenção de Hugo Cabret lidera as indicações ao Oscar, concorrendo em 11 categorias. 

Clube do Filme fará uma análise mais minuciosa dos vencedores do prêmio após a cerimônia que ocorrerá no dia 26 de fevereiro. Podemos, no entanto, comentar algumas categorias e indicações inesperadas. 

1 - A Academia mudou as regras para a categoria de Melhor Filme. De cinco a dez filmes poderiam ser indicados, dependendo da quantidade de vezes que os candidatos fossem lembrados pelos votantes. Foram indicados nove títulos. É interessante notar que a Academia abraçou A Árvore da Vidaum "filme de arte", amado por uns e odiado por outros. Menos interessante é ver Histórias Cruzadas na lista, uma vez que o maior trunfo do filme é o elenco. A popularidade do filme pesou mais que sua qualidade. Tão Forte e Tão Perto, filme de Stephen Daldry que não havia sido muito lembrado na temporada de premiações, apareceu na lista e pode ser considerado uma surpresa. Algumas ausências lamentáveis, mas já esperadas na categoria são: DriveMelancolia e A SeparaçãoOs favoritos a levar o prêmio na grande noite são: O ArtistaOs descendentes e A Invenção de Hugo Cabret

2 - A categoria de Melhor Diretor está uma beleza: quatro grandes cineastas e um ótimo "novato". Lembraram de Terence Malick, em detrimento de Steven Spielberg (que acabou sendo esnobado duplamente, nesta categoria e em Animação, onde poderia concorrer com As aventuras de Tintim). Além de Spielberg, ficou de fora David Fincher, por Os homens que não amavam as mulheres. Interessante ver Woody Allen indicado pela sétima vez ao Oscar de Melhor Diretor (por Meia Noite em Paris). Ele ganhou apenas uma vez nesta categoria, por Noivo Neurótica, Noiva Nervosa (1977). Dificilmente seriam indicados Nicolas Winding Refn e Lars Von Trier, cujos trabalhos são excepcionais em Drive e Melancolia, respectivamente. O favorito parece ser o francês Michel Hazanavicius, mas ver Scorsese vitorioso seria uma grata surpresa. 

3 - Na categoria de Melhor Ator, a ausência mais sentida é a de Michael Fassbender que teve um ótimo ano e estava excelente em Shame. A indicação do mexicano Demián Bichir por A better life pode ser considerada uma surpresa, apesar do ator já ter sido indicado ao SAG pelo papel. Leonardo Di Caprio é outro que ficou de fora da lista. É muito bom ver o ótimo e veterano Gary Oldman indicado pela primeira vez ao Oscar. George Clooney é favoritíssimo e já pode se considerar com uma mão na estatueta (que será sua segunda). 

4 - Na categoria de Melhor Atriz, a surpresa é a indicação de Rooney Mara por Os Homens que não Amavam as Mulheres. Ela pegou a vaga que poderia ter ido para Tilda Swinton por Precisamos Falar Sobre Kevin, Charlize Theron por Jovens Adultos ou  Elizabeth Olsen por Martha Macy May Marlene. Nesta categoria, o prêmio parece que vai para Meryl Streep (A Dama de Ferro) ou Viola Davis (Histórias Cruzadas). Michelle Williams pode representar perigo, caso haja uma divisão de votos. Não concordo com a indicação de Viola Davis como atriz principal, já que o papel dela é claramente de coadjuvante no filme. 

5 - Nas categorias de coadjuvantes, temos dois ótimos veteranos sendo lembrados de última hora: Nick Nolte e o sueco Max Von Sidow. Jonah Hill não faz nada de mais em O Homem que Mudou o Jogo, mas é tão adorável que conseguiu uma indicação na mesma categoria. O favorito é outro veterano, Christopher Plummer, por Toda Forma de Amor. Quanto às mulheres, não houve grande surpresas. Ficou de fora uma das grandes revelações do ano: a jovem Shailene Woodley de Os Descendentes. No entanto, todas as indicadas são muito boas e Octavia Spencer é a grande favorita.

6 - Em Melhor Roteiro Original, é interessante a lembrança de Margin Call  e Missão: Madrinha de Casamento. O último é realmente amado nos Estados Unidos, sendo a comédia americana mais bem sucedida do ano nas premiações. Felizmente, A Separação também foi lembrada nesta categoria. A categoria de fotografia está fortíssima. A briga pela estatueta parece que será entre os fantásticos Emmanuel Lubezki (A árvore da vida) e Janusz Kaminski (Cavalo de Guerra). Infelizmente, As Aventuras de Tintim, ficou de fora da categoria de Melhor Animação, que lembrou em contrapartida do mediano O Gato de Botas. Desta forma, Rango se torna o franco favorito. Triste também não ver a trilha sonora de Drive sendo indicada, mas nesta categoria competem os gigantes John Williams (duas vezes) e Howard Shore. O primeiro já tem 5 Oscar's e o segundo 3. Apesar da forte concorrência, o francês Ludovic Bource pode sair vitorioso nessa disputa. A categoria de Melhor Canção está ficando cada vez mais estranha. Antigamente eram cinco indicados, depois passaram a ser três e este ano só duas canções apareceram na lista. Daqui a pouco, a Academia divulgará apenas o vencedor ou extinguirá a categoria. A boa e surpreendente notícia é que os brasileiros estão representados no Oscar, com Sérgio Mendes e Carlinhos Brown que são autores de "Real in Rio". Deve-se dizer que a trilha sonora de Rio é uma das melhores coisas da animação. 


6 - Por fim, é muito bom ver A Invenção de Hugo Cabret com 11 indicações, seguido por O Artista com 10, ambos os filmes são grandes declarações de amor ao cinema. Logo após a premiação, o Clube do Filme analisará os vencedores. Confira abaixo a lista completa:


Indicados ao Oscar 2012

Melhor Filme

Cavalo de Guerra
O Artista
Moneyball
Os Descendentes
Histórias Cruzadas
A Árvore da Vida
Meia-noite em Paris
A Invenção de Hugo Cabret
 
Tão Forte e Tão Perto
Melhor Atriz

Viola Davis, por Histórias Cruzadas
Meryl Streep, por A Dama de Ferro
Rooney Mara, por Millenium - Os Homens que não amavam as mulheres
Michelle Williams, por Sete Dias com Marilyn
Glenn Close, por Albert Nobbs
Melhor Ator

Demián Bichir, por A Better Life
George Clooney, por Os Descendentes
Jean Dujardin, por O Artista
Gary Oldman, por O Espião que Sabia Demais
Brad Pitt, por Moneyball
Melhor Atriz Coadjuvante

Bérénice Bejo, por O Artista
Jessica Chastain, por Histórias Cruzadas
Melissa McCarthy, por Missão Madrinha de Casamento
Janet McTeer, por Albert Nobbs
Octavia Spencer, por Histórias Cruzadas
Ator Coadjuvante

Kenneth Branagah, por Sete Dias com Marilyn
Jonah Hill, por Moneyball
Nick Nolte, por Warrior
Christopher Plummer, por Toda Forma de Amor
Max von Sydow, por Tão Forte e Tão Perto
Melhor Diretor

Michel Hazanavicius, por O Artista
Alexander Payne, por Os Descendentes
Martin Scorsese, por A Invenção de Hugo Cabret
Woody Allen, por Meia-noite em Paris
Terrence Malick, por A Árvore da Vida
Melhor Documentário 

Hell and Back Again 
If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front 
Paradise Lost 3: Purgatory 
Pina 
Undefeated
Melhor Documentário em Curta-metragem 

The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement 
God is the bigger Elvis 
Incident in New Baghdad 
Saving Face 
The Tsunami and the Cherry Blossom
Melhor Edição 

O Artista 
Os Descendentes 
Millenium - Os Homens que não amavam as mulheres 
A Invenção de Hugo Cabret 
Moneyball
Melhor Animação 

A Cat in Paris 
Chico & Rita 
Kung Fu Panda 2 
O Gato de Botas 
Rango
Melhor Filme Estrangeiro 

Bullhead 
Footnote 
In Darkness 
Monsieur Lazhar 
A Separação

Melhor Maquiagem 

Albert Nobbs 
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 
A Dama de Ferro

Melhor Trilha Sonora 

As Aventuras de Tintin 
O Artista 
A Invenção de Hugo Cabret 
O Espião que sabia demais 
Cavalo de Guerra
Melhor Canção Original

Man or Muppet, de Os Muppets (Bret McKenzie)
Real in Rio, de Rio (Sérgio Mendes and Carlinhos Brown)
Melhor Roteiro Original

O Artista
Missão Madrinha de Casamento
Margin Call - O Dia Antes do Fim
Meia-noite em Paris
A Separação
Melhor Roteiro Adaptado

Os Descendentes
A Invenção de Hugo Cabret
Tudo pelo Poder
Moneyball
O Espião que sabia demais
Melhor Som

Millenium - Os Homens que não amavam as mulheres
A Invenção de Hugo Cabret
Moneyball
Transformers: O Lado Oculto da Lua Cavalo de Guerra
Melhor Edição de Som

Drive
Millenium - Os Homens que não amavam as mulheres
A Invenção de Hugo Cabret
Transformers: O Lado Oculto da Lua
Cavalo de Guerra
Melhores Efeitos Visuais

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
A Invenção de Hugo Cabret
Gigantes de Aço
Planeta dos Macacos: A Origem
Transformers: O Lado Oculto da Lua
Melhor Curta-Metragem de Animação

Dimanche/Sunday
The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore
La Luna
A Morning Stroll
Wild Life
Melhor Curta-Metragem

Pentecost
Raju
The Shore
Time Freak
Tuba Atlantic
Melhor Direção de Arte

O Artista
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
A Invenção de Hugo Cabret
Meia-noite em Paris
Cavalo de Guerra
Melhor Fotografia

O Artista
Millenium - Os Homens que não amavam as mulheres
A Invenção de Hugo Cabret
A Árvore da Vida

Cavalo de Guerra