Título original: L'Histoire d'Adèle H.
Lançamento: 1975
País: França
Direção: François Truffaut
Atores: Isabelle Adjani, Bruce Robinson, Sylvia Marriott, Cecil De Sausmarez.
Duração: 97 min
Gênero: Drama
Victor Hugo foi o autor mais celebrado da França, provavelmente um dos escritores mais populares de todos os tempos. Ícone não só literário, ele foi uma figura importante também pela sua ativa participação política no conturbado cenário francês do século XIX. Morto em 1885, seu funeral teve a presença de aproximadamente dois milhões de pessoas.
A história de Adèle H., filme francês de 1975, conta a história de Adèle Hugo, filha do escritor de Os miseráveis. A filha de Victor Hugo tornou-se uma personagem mítica de seu tempo. Seus diários foram descobertos posteriormente e revelaram ao mundo a história de um amor obsessivo. Adèle nasceu em 1830 e morreu em 1915, aos 85 anos. Durante o período de exílio de sua família na Ilha de Guernsey, motivado pela ascensão de Napoleão III ao poder, Adèle é seduzida por Albert Pinson, um oficial inglês. Em 1863, ela atravessa o Atlântico até Nova Escócia (EUA) atrás do grande amor da sua vida. O oficial, no entanto, não quer nada com ela. Ela faz de tudo para conquistá-lo, se humilha, pede dinheiro emprestado ao pai, persegue Albert, mas tudo em vão. Ela acaba ficando louca e passa o resto da sua vida (1872 – 1915) em um manicômio.
O filme é dirigido pelo grande cineasta e crítico francês, François Truffaut, que escolheu como protagonista de seu filme, uma atriz iniciante na época, a belíssima Isabelle Adjani. Adèle Hugo deve ter ficado bastante lisonjeada com a escolha de sua intérprete. Aos 19 anos, a atriz francesa seduziu o mundo com sua beleza e com seu talento, em uma performance intensa e emocionante.
Existem rumores que afirmam que Truffaut estava completamente obcecado pela jovem atriz. Anedotas a parte, o filme é dela. Uma atuação a ser apreciada cena a cena. Adèle H. é uma personagem completamente romanesca que busca o ideal, o sonho. São maravilhosas as cenas em que ela se entrega a escrita alucinante e poética de seu diário ou livro, como o chamava. Adèle H. é uma personagem hiperbólica, que manifesta um amor sem limites.
A direção de Truffaut é sublime. Em alguns momentos, parece que estamos diante de uma pintura, tamanha a perfeição da composição dos quadros, da direção de arte e da fotografia. A história de Adèle H. não só é uma ótima oportunidade de ver mais um grande filme de Truffaut e de ver Isabelle Adjani (indicada ao Oscar de Melhor Atriz) em um dos seus grandes papéis no cinema, mas também de conhecer a história verídica de uma mulher que perdeu toda a paz e sanidade por conta de um grande amor.
Trailer do filme:
Ah, quero ver, será que já tem legendado? rs
ResponderExcluire por falar no filme, e quem não tem uma obsessão... ? rs