quinta-feira, 10 de março de 2011

Easy A - 2010


Cartaz do filme

Deveria existir um bom filme debaixo de todos os clichês de Easy A, mas temo que nem isso aconteça. Esta comédia recém-produzida, que ainda não estreou no Brasil, conta a história de uma garota que  acaba assumindo a fama de "fácil" para toda a escola, após uma mentira contada por ela mesma. No Brasil,  ele deve sair com o péssimo título de "A mentira". O universo adolescente é muito  interessante e deveria produzir obras que não fossem tão limitadas quanto esta.  Apesar de ter um argumento válido, que fala do jogo de aparências e da necessidade de ser aceito, o filme é no mínimo, raso.  A produção parece ser mais uma fraca comédia adolescente escrita para Lindsay Lohan. Atriz que pelo menos fez uma coisa boa do gênero, um filme chamado Meninas Malvadas (2004), que consegue ser divertido. Easy A  tem uma história que muito lembra o filme de 2004, mostrando como sua estrutura repete o mesmo do mesmo. Temos: a garota boa não popular (mas que quer o ser), que acaba fazendo besteira; pessoas  se voltam contra ela; ocorre redenção, etc. Alguns planos são, inclusive, os mesmos, como quando ocorre a também típica "transformação".

Apelando para estereótipos, mesmo que disfarçados, não tem como assistir Easy A sem pensar: já vi este filme antes. Ele repete uma fórmula que parece agradar o público adolescente. E isso me impressiona já que, de nenhuma forma, ele retrata a realidade deste público, uma vez que o olha de uma maneira simplista e até mesmo preconceituosa. A melhor coisa do filme é sua simpática protagonista, interpretada por Emma Stone. Mas, infelizmente, o filme desperdiça, ou pior, expõe ao ridículo grandes atores como Stanley Tucci, Patricia Clarkson, Lisa Kudrow, Thomas Haden Church, Malcon McDowell e Amanda Bynes. A última, ótima atriz, aos 24 anos, parece fadada a fazer papéis adolescentes eternamente e este, com certeza, é o pior de todos que ela já fez. Não é de surpreender que, há algum tempo atrás, ela tenha dito que iria parar de atuar.

Com poucas boas tiradas, uma trama fraca e previsível,e acúmulos de clichês bisonhos (como certa simulação de sexo, por exemplo), o filme mostra o que a falta de criatividade pode fazer com um bom elenco.




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